sábado, 21 de abril de 2018

"Inteligência competitiva": mais uma "inteligência" entre muitas outras!

Imagem encontrada aqui.

A "inteligência" tem sido um conceito de primeira linha na psicologia, desde que se constituiu como disciplina científica. Mas, à semelhança de outros conceitos que explora - a atenção, a memória ou a motivação -, também este tem conduzido a dificuldades de definição e de operacionalização. Ainda assim, a investigação avançou de modo que temos hoje uma ideia mais concreta das capacidades que a integra e de como se podem desenvolver. 

Sendo psicologia a minha formação de base interessa-me sobretudo esta possibilidade por via da educação formal. De facto, sabemos hoje com grande certeza que a inteligência não é determinada à nascença ou até antes, depende substancialmente da estimulação proporcionada não só durante a infância mas ao longo da vida.

Foi, pois, com admiração e apreensão que vi, há alguns anos, entrarem no campo da educação expressões que dispersavam a inteligência, como entidade coesa, em múltiplas dimensões mais ou menos individualizadas, eram as "inteligências múltiplas" (interpessoal, intrapessoal, social, sinestésica, etc.

A essas "inteligências" juntaram-se outras como a afectiva, a emocional, a intuitiva, a espiritual. E claro, a artificial e a digital. Também há a positiva, a naturalista e a quântica. Mais recentemente, dei conta da empresarial e da financeira. E hoje descobri a 
competitiva.

inteligência competitiva é qualquer coisa! Encontrei uma revista que lhe é dedicada - aqui, livros - um exemplo aqui, pós-graduações - um exemplo aqui, vídeos dois exemplos aqui aqui, consultaria - um exemplo aqui). Com um suporte tão diversificado e um aspecto académico tão robusto quem se atreve a duvidar da sua existência e pertinência. Mais dia menos dia está no currículo escolar.

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