sábado, 21 de fevereiro de 2009

A INFINIDADE SEGUNDO EDGAR ALLAN POE


"Comecemos, então, com a mais simples das palavras: "infinidade". Esta, tal como "Deus", "espírito" e algumas outras expressões cujo equivalente existe em todas as línguas, não é de modo nenhum a expressão de uma ideia, mas do esforço de propor uma. Serve como uma possível tentativa de uma concepção impossível. O homem precisava de um termo com o qual indicasse a direcção desse esforço - a nuvem por detrás da qual se encontra, para sempre invisível, o objecto desta tentativa. Em suma, exigia-se uma palavra por meio da qual um ser humano pudesse relacionar-se de imediato com um outro ser humano e com uma certa tendência do intelecto humano. Desta exigência surgiu a palavra "infinidade" que não é senão a representação do pensamento de um pensamento."

- Edgar Allan Poe, Eureka, Coisas de Ler, Queluz, 2004, tradução de Jorge Pinheiro.

Sem comentários:

50 ANOS DE CIÊNCIA EM PORTUGAL: UM DEPOIMENTO PESSOAL

 Meu artigo no último As Artes entre as Letras (no foto minha no Verão de 1975 quando participei no Youth Science Fortnight em Londres; esto...